domingo, 23 de agosto de 2015


                                   DO MATERIALISMO À CRENÇA NOS ESPÍRITOS

                                             Publicado na RIE em abril de 2015

                  Na Revista Espírita de Fevereiro de 1869 em “Um Espírito que julga sonhar” temos um caso curioso de comunicação mediúnica: um espírito que acredita estar ainda no corpo físico, mesmo tendo já desencarnado. Exemplos assim, não são incomuns, mas o que nos chama atenção neste caso, é a dificuldade do espírito em aceitar a sua nova situação, tanto é assim que acreditava estar vivendo um sonho, que logo despertaria outra vez para a vida material, a única forma que seria a verdadeira no seu entendimento.  Em certo momento tentaram persuadi-lo perguntando: “Onde está o vosso verdadeiro corpo? Não está aqui, pois não estais em vossa casa. Quando se sonha, está-se em seu leito. Ide, pois, ver em vosso leito se o vosso corpo lá está e dizei-nos como podeis estar aqui sem o vosso corpo? Perdendo a paciência por estas reiteradas perguntas, às quais apenas respondia pelas palavras: Efeitos bizarros dos sonhos...”. Nós sabemos que existem pessoas que não acreditariam mesmo que vissem (1), mas através da análise deste caso da Revista Espírita, nós entendemos que pode existir por certo tempo, pessoas tão presas a suas próprias convicções que não acreditariam em espíritos mesmo que elas próprias já estivessem no plano espiritual. É interessante a opinião do Espírito Erasto sobre o materialismo entre os espíritos, encontrada na Revista Espírita de maio de 1863 em “Questões e Problemas”: “Uma das condições de sua cegueira moral é de aprisionar mais violentamente nos laços da materialidade e, conseguintemente, de os impedir que se afastem das regiões terrestres ou similares à Terra. E, assim como a maioria dos desencarnados, cativos na carne, não pode perceber as formas vaporosas dos Espíritos que os cercam, também a opacidade do envoltório dos materialistas lhes impede a contemplação das entidades espirituais que se movem, tão belas e tão radiosas, nas altas esferas do império celeste”.
                  O que podemos aprender é que o apego pode ser extremo a determinadas visões de mundo, no caso, o ponto de vista materialista, onde os espíritos não podem existir de jeito nenhum. Se a crença nos espíritos é incômoda para alguns indivíduos, pasmem, mesmo após o desencarne, o que se dirá para eles durante a vida terrena. Isto revela a necessidade de inúmeras reencarnações para o espírito ou mesmo para populações inteiras até que se tornem mais simpáticos as concepções espiritualistas, porque o materialismo tem ainda a sua força de convencimento, entretanto, a crença nos espíritos faz parte de uma determinação maior chamada Lei do Progresso, são esclarecedoras as palavras de Kardec: “O homem não pode conservar-se indefinidamente na ignorância, porque tem de atingir a finalidade que a Providência lhe assinou. Ele se instrui pela força das coisas. As revoluções morais, como as revoluções sociais, se infiltram nas ideias pouco a pouco; germinam durante séculos; depois, irrompem subitamente e produzem o desmoronamento do carunchoso edifício do passado, que deixou de estar em harmonia com as necessidades novas e com as novas aspirações” (2).
                  Nota-se então que os acolhimentos de ideias progressistas, abrangidas aí à crença nos espíritos, estão todas incluídas num longo processo histórico onde a reencarnação toma papel fundamental por que através das reencarnações modificam-se as mentalidades.  Engana-se quem pensa que este processo não acontecerá, digo mesmo que já está acontecendo. O paradigma materialista, por exemplo, está enfraquecido com o próprio desenvolvimento da Ciência como nos mostra o Filósofo Nicola Abbgnano:  “o materialismo da metade do séc. XIX tem caráter romântico, pois não se limita a ser uma tese filosófica dotada de maiores ou menores possibilidades de confirmação, mas pretende ser doutrina de vida, destinada a vencer a religião e a suplantá-la. Essa pretensão confere a tais doutrinas um tom violentamente polêmico e profético, transformado a "Ciência" na nova tábua da verdade absoluta. Essa atitude recebeu o nome de cientificismo e constitui a vanguarda romântica da ciência do séc. XIX; o materialismo foi seu credo. Mas esse credo foi em parte destruído pela própria ciência, em virtude da crise de sua concepção mecanicista nos últimos decênios do séc. XIX”. Hoje a Física atual dá mais um golpe contra a concepção materialista quando afirma que  o Universo visível ou normal  é uma pequenina parte (cerca de 4 ou 5 %) de outro, invisível, composto basicamente por matéria e energia escura (3),  é útil lembrarmos a questão 22 do Livro dos Espíritos: “Mas a matéria existe em estados que ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil, que nenhuma impressão vos cause aos sentidos”. Outro exemplo, do enfraquecimento materialista, são os estudos da sobrevivência da alma nos meios acadêmicos, deslocando a questão para fora do âmbito religioso ou do espaço exclusivo da fé. Um exemplo desta pesquisa, entre outras semelhantes, saiu recentemente na imprensa: Cientistas e pesquisadores holandeses publicaram estudo no qual revelam que nossas almas podem abandonar nossos corpos e observá-los. Foram mais de 70 casos estudados com pessoas que relataram experiências durante o período em que estiveram clinicamente mortas. O caso mais impressionante relatado pela pesquisa é de um paciente clinicamente morto por 20 minutos durante uma cirurgia cardíaca. Se sua volta à vida surpreendeu médicos, estes ficaram ainda mais perplexos quando ele descreveu que “saiu de seu corpo” e soube indicar precisamente a posição em que cada um dos médicos durante o período em que estava morto, além de fatos relevantes que aconteceram na sala”.
                  A aceitação da existência dos espíritos compreendidos como homens e mulheres desencarnados é um processo irreversível, porque os espíritos “constituem uma das potências da Natureza” (4) e são parte da realidade quer gostemos ou não.  É claro que, no processo da aceitação da sobrevivência da alma conforme a compreensão espírita, os opositores materialistas tentarão a todo custo, e enquanto for possível, entender a alma e suas manifestações como simples reações neurológicas. Mas os adversários não se encontrarão somente entre os materialistas, mas também no meio dos religiosos que defenderão as manifestações espíritas como maquinações do diabo, engodo, entre outras causas, mesmo as mais extravagantes, desde que seja afastada a tese espírita. Reflitamos, portanto, que o Espiritismo ainda terá uma longa trajetória pela frente, onde as ideias não espíritas procurarão se manter vivas a quem as tenham por fé religiosa, convicções materialistas ou por outras influências;  mas isto é compreensível, diante da  dificuldade em abandonar crenças religiosas ou não, profundamente enraizadas, ou quando o orgulho dificulte a mudança de opinião.
                  No longo processo de difusão do pensamento espírita os escolhos virão então por vários lados e se apresentarão de várias maneiras, de forma que os espíritas devem estar preparados.  Sobre isto é útil lembrar o que foi dito a Kardec, palavras encontradas em Obras Póstumas em “Minha Missão”: “Suscitarás contra ti ódios terríveis; inimigos encarniçados se conjurarão para tua perda; ver-te-ás a braços com a malevolência, com a calúnia, com a traição mesma dos que te parecerão os mais dedicados; as tuas melhores instruções serão desprezadas e falseadas...” Devemos ponderar em que medida estas palavras também dizem respeito a todos os espíritas. Professar ideias de vanguarda num mundo apegado a antigas tradições tem seu preço: preconceito, ironia, desconfiança e incompreensão, mas estejamos certos que esta fase passará, e até lá, podemos sim, reclamar o devido respeito por nossas ideias, mas não podemos exigir dos outros a compreensão do mundo que não possuem.
                  Para aqueles que têm fé verdadeira em Deus e nos postulados espíritas, a crença nos espíritos bem como a certeza da imortalidade, da reencarnação, da comunicação mediúnica e da justiça Divina se tornarão gerais, não importa o tempo que passe. Neste longo caminho, cada espírita é chamado a um propósito maior: “É chegada a hora em que deveis sacrificar à sua propagação os vossos hábitos, os vossos trabalhos, as vossas ocupações fúteis. Ide e pregai” (5), no entanto nem todos os espíritas permanecerão no caminho: mas, atenção! entre os chamados para o Espiritismo muitos se transviaram; reparai, pois, vosso caminho e segui a verdade” (6), porém, “ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado” (7).



(1) Questão 802 do Livro dos Espíritos
(2) Questão 783 do Livro dos Espíritos
(3)Esse mundo faz parte do nosso sistema planetário? R– Sim; está muito próximo de vós. Entretanto, não podeis vê-lo, porque não tem luz própria e não recebe nem reflete a luz dos sóis que o rodeiam”. Segundo os cientistas, a matéria escura tem este nome porque não reflete e nem absorve a luz, será então o que o mundo descrito pelo espírito Alexandre de Humboldt em Conversas Familiares de Além-Túmulo na Revista Espírita de junho de 1859, é feito de matéria ou energia escura? Ou a matéria/energia escuras já são elementos do plano espiritual? Somente o futuro dirá.
(4) Introdução e questão 87 do Livro dos Espíritos
(5) e (6) Evangelho Segundo o Espiritismo em Missão dos Espíritas
(7) Evangelho Segundo o Espiritismo em Os Obreiros do Senhor




FAUSTO FABIANO DA SILVA


BIBLIOGRAFIA

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KARDEC, Allan. Revista Espírita. Fevereiro de 1869, Araras: Ed. IDE, 2001.
KARDEC, Allan. Revista Espírita. Maio de 1863, Araras: Ed. IDE, 2000.
KARDEC, Allan. Revista Espírita. Junho de 1859, Araras: Ed. IDE, 2001.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 67 ed. São Paulo: Ed. Lake, 2007.
KARDEC, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo. 85. ed. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1982.
KARDEC, Allan. Obras Póstumas. 19 ed. São Paulo: Ide, 2004.
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 5. ed. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2007.







































JESUS, O MAIS PERFEITO MODELO.

                                                  Publicado na RIE de agosto de 2015               
                                   
                  Para a Doutrina Espírita, Jesus é o mais perfeito modelo para a humanidade terrestre (1) e por este motivo a presença deste espírito nas Letras da Codificação é obrigatória, não se tratando, a sua menção, de uma política de boa vizinhança com o Catolicismo do século XIX (2), escolha natural em um mundo cristão ou fruto da mentalidade cristã em Kardec ou nos Espíritos. Mas qual a base doutrinária para concluirmos que Jesus é o mais evoluído espírito que já encarnou? Modelo e guia pra toda a humanidade e por isto tão presente na Doutrina Espírita?
                Vamos começar com o pensamento do próprio Allan Kardec, que escreveu nos comentários a questão 625 do Livro dos Espíritos: “Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo (...) sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava”.   E no Livro A Gênese, publicado em 1868 encontramos no capítulo XI: É igualmente com o objetivo de fazer que a Humanidade se adiante em determinado sentido que Espíritos superiores, embora sem as qualidades do Cristo, encarnam de tempos a tempos na Terra...”. Observamos que o primeiro trecho mostra de maneira clara que Kardec entendia Jesus como o mais evoluído espírito que já encarnou na Terra e no segundo trecho de 1868, tornar-se visível a continuidade deste pensamento mesmo passados mais de uma década do lançamento do Livro dos Espíritos. Mas porque razão Kardec pensava desta maneira? Três pensamentos do Codificador revelam a resposta a esta indagação, o primeiro pensamento diz respeito as faculdade ou poderes de Jesus para efetuar seus conhecidos prodígios: “De todas as faculdades que Jesus revelou, nenhuma se pode apontar estranha às condições da humanidade e que se não encontre comumente nos homens, porque estão todas na ordem da Natureza. Pela superioridade, porém, da sua essência moral e de suas qualidades fluídicas, aquelas faculdades atingiam nele proporções muito acima das que são vulgares”(3), a segunda reflexão faz referência à autoridade moral de Jesus para expulsar os espíritos inferiores:  “A subjugação corporal tira muitas vezes ao obsidiado a energia necessária para dominar o mau Espírito. Daí o tornar-se precisa a intervenção de um terceiro, que atue, ou pelo magnetismo, ou pelo império da sua vontade. Em falta do concurso do obsidiado, essa terceira pessoa deve tomar ascendente sobre o Espírito; porém, como este ascendente só pode ser moral, só a um ser moralmente superior ao Espírito é dado assumi-lo e seu poder será tanto maior, quanto maior for a sua superioridade moral, porque, então, se impõe àquele, que se vê forçado a inclinar-se diante dele. Por isso é que Jesus tinha tão grande poder para expulsar o a que naquela época se chamava demônio, isto é, os maus Espíritos obsessores” (4), e o terceiro pensamento sobre a influência moralizadora de Jesus: “Pelos imensos resultados que produziu, a sua encarnação neste mundo forçosamente há de ter sido uma dessas missões que a Divindade somente a seus mensageiros diretos confia, para cumprimento de seus desígnios”(5).
                    Se já não bastasse a lógica do raciocínio de Allan Kardec, para dar embasamento à crença na imensa superioridade de Jesus e tê-lo como modelo para a humanidade, ainda temos, a opinião dos próprios Espíritos, que sem dúvida trilham o mesmo caminho: “Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo” (6), “O Cristo foi o iniciador da mais pura, da mais sublime moral, da moral evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos” (7); “Irmãos! nada perece. Jesus - Cristo é o vencedor do mal...” (8).  “todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus...” (9).  “Estamos incumbidos de preparar o reino do bem que Jesus anunciou” (10).  Percebemos pela maneira como os Espíritos falam de Jesus, a autoridade deste espírito, o grau de abrangência de sua mensagem e o significado de sua encarnação, por isto, sua figura se impõe na conjuntura da História terrena, em consequência, não poderia estar ausente na Doutrina Espírita. Como se vê, o comentário de Kardec à questão 625 do Livro dos Espíritos, citada no início do texto, faz todo sentido.
                  O pensamento de Kardec e dos Espíritos em relação a Jesus estão corretos também, por uma característica do Espiritismo, que é tratar de problemáticas gerais, ou ter princípios universais (11). Esta vocação, de abranger toda a realidade do mundo, não poderia ser diferente quanto à moralidade. Desta maneira, os Espíritos ao conjecturarem sobre as Leis Divinas (12), escolheriam como referência, uma moral também abrangente, que incluísse toda a realidade e não somente o mundo ocidental, e apenas a moral de um espírito mais iluminado, com mais autoridade que os outros (13), teria esta natureza. Vale lembrar o pensamento de Kardec: Em muitas circunstâncias, prova Jesus que suas vistas não se circunscrevem ao povo judeu, mas que abrangem a Humanidade toda” (14). Já dá para notar, como é equivocada a tese, por exemplo, que os Espíritos da Codificação, teriam citado Cristo, somente porque estes mesmos espíritos apresentariam a mente embebida no Cristianismo de suas reencarnações terrenas. Acreditar nisto é como um observador, que olha um grande lago e vê a apenas sua superfície, e tira por isto conclusões erradas, ignora, ou quer ignorar o que as profundezas poderiam lhe fazer conhecer.
                   Por fim, todos os espíritas devem lembrar-se da passagem do livro A Gênese de Kardec, onde está escrito: “Numa palavra, o que caracteriza a revelação espírita é o ser divina a sua origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem” (15). Ora, no Espiritismo, Deus é a inteligência suprema (16), e o Espiritismo veio ao mundo, em última análise, pelas Suas mãos, já que é divina a sua origem, então, é bem razoável supor, que a Doutrina Espírita não tenha aparecido por acaso no Mundo Ocidental, mas por um propósito maior. Que propósito será este, além da melhoria da humanidade, senão confirmar como, verdadeiras e gerais, as duas tradições culturais do Ocidente, o monoteísmo e a moral de Jesus? Também podemos argumentar que o Espiritismo já estava nos planos de Deus muito antes de Kardec nascer, portanto não é Ocidental nem Oriental, mas divino na sua essência, por isto compactua com a verdade (17) com aquilo que é melhor, mais justo, mais evoluído e mais abrangente. Então é absurda também, a tese onde Jesus é o mais evoluído somente para agradar a sociedade europeia da época. Tese como esta, só pode ter sentido para não espíritas, ou para espíritas que nunca compreenderam verdadeiramente o Espiritismo. Entretanto, entender Jesus como o mais perfeito modelo, como Kardec pensava, está completamente dentro da lógica Doutrinária e não há razão para abandonarmos esta tradicional convicção por outras interpretações.
                    Devemos aprender que o tradicional não será necessariamente ultrapassado por ser tradicional e que o novo não será verdadeiro somente por que é novo. Muitas vezes, opiniões pessoais com pouca ou nenhuma fundamentação real tentam se legitimar atrás de palavras como “nova visão” disto ou daquilo. Raciocínios falsos tentam ganhar ares de verdade vestidos pelo vocabulário erudito. Autores comprometidos mais com seu próprio prestígio pessoal do que pela Doutrina lançam teses duvidosas. Não pretendemos com estas observações execrar o novo, e deixar de lado as contribuições que podem nos trazer os estudiosos e pesquisadores da Doutrina Espírita, porém, devemos dar credibilidade as críticas a qualquer visão tradicional, somente se estiverem com melhores, mais fortes e mais profundos argumentos, com poder de mostrar o erro (18) e revelar novos caminhos a seguir.

(1) No Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo III em Destinação da Terra. Causas das Misérias Terrenas está escrito: “Deve-se considerar que na Terra não está a Humanidade toda, mas apenas uma pequena fração da Humanidade. Com efeito, a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do Universo”. O que nos leva a crer em encarnações missionárias nestes planetas, análogas a do Cristo, por outros espíritos de grande evolução espiritual.
(2) O Espiritismo nasceu oficialmente no século XIX em 18  de abril de 1857 com a publicação da primeira edição do Livro dos Espíritos.
(3) Livro A Gênese de Kardec, capítulo XV, Os Milagres do Evangelho, item transfiguração.
(4) Livro dos Médiuns de Kardec, capítulo XXIII, Da Obsessão, item 251.
(5) Livro A Gênese de Kardec, capítulo XV, Os Milagres do Evangelho em Superioridade da Natureza de Jesus.
(6) e (7) Espírito Fénelon, e Um Espírito israelita, respectivamente no Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo primeiro, Não Vim Destruir a Lei em Instruções dos Espíritos.
(8) Espírito de Verdade, Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VI, O Cristo Consolador.
(9) Espírito Paulo o apóstolo, Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XV, Instruções dos Espíritos.
(10) Resposta dos Espíritos à questão 627 do Livro dos Espíritos.
(11) A Lei do Progresso analisada na Parte Terceira, capítulo VIII do Livro dos Espíritos, é um exemplo.
(12) Livro dos Espíritos, Terceira Parte, Capítulo I, Da Lei Divina ou Natural.
(13) Quanto mais evoluído é o espírito mais autoridade tem ele sobre os outros. Em consequência mais verdadeira e abrangente é sua mensagem. No Livro dos Espíritos está escrito: “Os Espíritos têm uns sobre os outros a autoridade correspondente ao grau de superioridade que hajam alcançado, autoridade que eles exercem por um ascendente moral irresistível”.
(14) Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XXIV, Não ponhais a candeia debaixo do alqueire, item nove.
(15) Livro A Gênese, Capítulo I, Caráter da Revelação Espírita, item 13.
(16) Na primeira pergunta do Livro dos Espíritos a resposta dos Espíritos: “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”.
(17) No prefácio do Evangelho Segundo o Espiritismo as palavras do Espírito de Verdade: “Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos”.
(18) Livro A Gênese de Kardec no capítulo Caráter da Revelação Espírita, item 55, Kardec escreve: “Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará”.

FAUSTO FABIANO DA SILVA

BIBLIOGRAFIA

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 67. ed. São Paulo: Ed.  Lake, 2007.
KARDEC, Allan. A Gênese. 1ed. Rio de Janeiro: Ed. León Denis, 2008.
KARDEC, Allan. Evangelho Segundo o Espiritismo. 85. ed. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1982.